domingo, 29 de agosto de 2010

- Mas como ele é? - Perguntou minha amiga Marcela, 21 anos, estudante do último ano de arqueologia.
- Ah, não sei explicar. - Respondi.
- Mas ele é alto, moreno, gordo? - Ela perguntou de novo.
- Sei lá, alto, não é gordo mas não é magro e tem cabelo escuro. Não sei descrever pessoas. - Tentei explicar.
- Eu estou vendo a cilada que você vai me meter! - Marcela falou.
- Cilada nada. Cilada é esse alojamento que estamos, mofado e com banheiro comunitário. Lá os meninos estão em um flat. Com certeza muito melhor que aqui.
- Mas você está de boa porque você fica com o João tem anos. Eu nem conheço esse amigo, e você quer me levar para lá. E outra, o João chamou você para ficar lá com ele, não para me levar junto.
- Mas eu falei que você estava comigo, ele convidou você também. Vamos, se você não gostar do Márcio... Você não fica com ele, dorme na sala. Eu fico com você lá até você dormir, que nem menino pequeno. Pelo menos lá você vai tomar banho sem ninguém ficar te olhando.

Nós estávamos em São Paulo, pois iríamos apresentar um trabalho em um congresso que estava rolando na USP, e quando chegamos vimos que o alojamento que tínhamos pagado não era tão legal assim. (Para não falar que estava mofado e abafado. E que estava pensando que o alojamento seria uma ótima opção, já que ficaríamos até tarde lá, e aí não precisaríamos pegar ônibus ou metro para ir para outro lugar.) E um affer meu, João, 29 anos, cientista da computação, estava me chamando para ir pra São Paulo há tempos, e ficar na casa dele. Juntei o útil com o agradável... Marcela, acabou por concordar de irmos.

- Oi, eu sou amiga do João. Ele falou que ia deixar uma chave aqui para mim, porque ia chegar tarde do serviço. - Falei com o porteiro.
- Qual seu nome? - Ele me perguntou.
- Liz.
- E o nome do seu amigo?
- João Morais... Ou Moreira. Alguma coisa assim. A chave não está aí? Vou ligar para ele então.
- Morais ou Moreira? Você fica com o cara há 6 anos e não sabe o nome dele? - Marcela perguntou.
- Ah, já fiquei com tantos Joãos.
- Agora o porteiro deve estar pensando que somos garotas de programa. Porque vindo para casa de dois rapazes solteiros, e você me solta uma dessa.
- Garotas de programa, nada de luxo né? Olha essa minha mochilas velha e eu estou de havaianas. - Eu ri.

Até que o João chegou lá para deixar a chave para nós, o porteiro ficou olhando para nós e rindo demais. Mas eu estava tão cansada, e com tanta fome para ficar prestando atenção nele ou no que ele estava pensando.

- Eu vou te matar. Achei que ia chegar aqui, a chave já estaria aqui. - Falei assim que vi João virando a esquina.
- Oi Liz! - Ele respondeu e veio me abraçar.
- Nem me abraça, preciso de um banho. - Ri.
- Nossa, eu vou ficar uma hora em baixo do seu chuveiro, e vou comer toda sua geladeira. - Falou Marcela, que já foi se apresentando. (E o porteiro olhando.)
- Vou deixar vocês aqui, tenho que voltar para o trabalho. Quando eu chegar nós saímos. Vocês vão ficar bem? - João falou.
- Vamos sobreviver. - Respondi.

Quando o João chegou, resolvemos que iríamos sair para jantar. Esperamos o Márcio chegar, e pronto. Marcela já olhou para mim com aquela cara: "Obrigada por não me meter em uma cilada!" Os dois deram super certo. Saímos, jantamos e ainda fomos jogar boliche. Mas eu estava tão cansada que demonstrava claramente isso.

- O João quer morrer com esse sono da Liz - Márcio falou para Marcela.
- Como é que é? - Perguntei.
- Nada. - Marcela falou.
- Não acho legal quando quatro pessoas estão juntas e falam de uma sem que ela possa ouvir. - Ri.
- Vamos embora, a Liz está com sono. - João disse.

Quando chegamos, João foi arrumar o quarto. E Marcela chega em mim super constrangida.
- Eu nunca dormi com um cara na primeira vez que saio com ele. Alias, ele vai ser o segundo da minha vida. Eu só namorei. E foram quatro anos. - Ela me contou.
- Hahahaha, abraça o capeta agora querida. Relaxa e vai. - Ri
- Que vergonha Liz.
- Vergonha nada. Você vai embora depois, nem mora aqui. Se você está com vontade, vai.

E foi. Entrou no quarto e nem quero saber o que foram fazer. Alias, nem preciso dizer. Quando entrei no quatro do João, ele olhou para mim e disse:
- Você está cansada né? Quer dormir?
- Não. Não quero dormir.
- O que você quer então?
- Eu quero você.
Ele olhou para mim, riu e me abraçou. Quando ele dormiu abri a janela do quarto e fiquei olhando para São Paulo. Fiquei em silêncio olhando a vida que se passava lá fora, e ele deitado. Até que ele levantou, me abraçou, me beijou e ficou comigo na janela. Fazendo nada. Só olhando tudo e jogando conversa fora. Se bem que naquele momento, nem precisaríamos dizer nada. O momento já dizia por si só.

8 comentários:

Marina Cortez disse...

Melhor que São Paulo, só mesmo meu Rio de Janeiro! hehehehe ;P

Yasmin disse...

Que liindo amiga, você postou algo bonitinho mesmo! :) Precisamos conversar, pra botar a fofoca em diia

Kammy - Comer, Blogar, Amar... disse...

Ahhh que historia fofaaaa...
amei rs
gostei desse joao .. :)
mil beijinhos
kammy

Liz Marinho disse...

Hahahaha,
Calma que a história continua.
;)

Anônimo disse...

amiga, q lindoooo!!!
adorei esse Joao!!!
parece ser a sua cara...
bjao

subindonosalto.com disse...

Seu blog me deixou com vontade de Martini e hoje ainda é terça-feira. Ê sexta-feira, vem ni mim! hahaha!

Uma gracinha o post *-*
Romântico, own. haha

=*

Liz Marinho disse...

Hahaha,
vou postar o resto da história pra vocês então meninas!
:D

Anônimo disse...

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